Adagri acompanha vacinação contra Brucelose no município de Crateús


A Fazenda Fulô, do produtor de leite Antônio Bezerra Marques, conhecido como Nenzito, em Crateús, no Sertão de Crateús, teve seu rebanho vacinado contra Brucelose. A ação foi acompanhada pelo fiscal agropecuário da Agência de Defesa Agropecuária do Ceará (Adagri), Francisco Cardoso, e realizada pelo médico veterinário cadastrado na Adagri, Mailson Sancho. Ao longo dos últimos meses os técnicos da Agência vem em Campanha para incentivar a vacinação contra a doença, através de orientação nas revendas para aquisição da vacina e a conscientização dos produtores quanto a importância da vacinação.

A Brucelose é uma grave doença causada por uma bactéria chamada Brucella Abortus, que atinge principalmente bovinos, além de outros animais de produção, podendo também ser transmitida ao homem. A doença não tem cura nos animais e a principal forma de evitá-la é através da vacinação de bezerras. Essa zoonose acarreta ainda inúmeros prejuízos ao produtor, como diminuição do número de nascimentos de bezerros(as) por ano; abortos frequente; bezerros fracos e com pouco peso e diminuição da produção de leite. Ciente da Campanha, o senhor Nenzito aguardou a chegada da vacina e logo após, solicitou ao médico veterinário a vacinação. “Queria que minha propriedade fosse logo vacinada”, ressalta o Sr. Nenzito. Segundo o fiscal Francisco Cardoso, “após o nosso trabalho de conscientização o Sr. Nenzito já se predispôs a vacinar seu rebanho”.

O gerente de Gestão de Risco do Meio Agropecuário da Adagri e coordenador da Campanha, Jarier Moreno, reforça que a vacina só poderá ser comprada através de apresentação de receita emitida por um médico veterinário cadastrado na Adagri e a vacinação será de responsabilidade desse profissional. Segundo o gerente, “devem ser vacinados somente bezerras entre três e oito meses de idade com vacina B19 ou Rb51”, explica. A vacinação deve acontecer semestralmente com apresentação do atestado na Adagri ou em um dos 40 seus Núcleos Locais (NL), nos seguintes prazos: 1ª etapa até o 2º dia útil de Julho e 2ª etapa até o 2º dia útil de Janeiro.
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Os principais sintomas de contaminação no animal são aborto (geralmente nos últimos 3 meses de gestação); nas próximas gestações as vacas podem não abortar, mas continuam eliminado a bactéria; retenção de placenta (a vaca dá cria, porém a placenta não descola) e repetição de cio “a vaca entra no cio, é coberta mas não emprenha”, explica Jarier Moreno. Já os machos podem apresentar aumento de volume dos testículos.

Vale ressaltar que a fêmea contaminada pela doença, quando aborta ou dá cria, contamina o pasto, a ração, a água e o curral. As bactérias eliminadas pelas vacas permanecem vivas por várias semanas nesses locais, podendo contaminar suas crias ou outros animais através do contato com as narinas, boca, língua e olhos.

A doença também pode ser transmitida ao ser humano quando este entra em contato com fetos e restos de placenta de animais doentes, ao tomar leite cru ou mal fervido ou comer queijo feito com leite cru, por exemplo. Os sintomas nos humanos são febre, dor de cabeça, dores musculares e impotência sexual.

Com Ascom

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