No momento da captura, o suspeito estava na companhia de outro homem, que também foi detido. Segundo a polícia paraibana, a relação de Almir com a morte de Marielle teria sido revelada por Julia Lotufo. A mulher é viúva do ex-capitão do Bope, Adriano da Nóbrega, que foi acusado de chefiar uma milícia. Adriano foi morto em uma troca de tiros com a polícia na zona rural do município de Esplanada, na Bahia. O grupo miliciano ao qual Almir pertenceria foi citado por Julia, ao falar sobre quem teria matado Marielle.
Segundo investigação da Draco, Almir seria membro de uma milícia carioca e já havia cometido outra execução, registrada em 12 de outubro de 2018, na zona oeste do Rio de Janeiro. De acordo com as investigações, ele e outros três criminosos teriam assassinado uma pessoa que, durante uma festa, brigou com a esposa em público. O confronto não teria agradado aos milicianos.
"Ele já foi denunciado pelo Ministério Público do RJ, que pediu a condenação do investigado com base no assassinato de Eliezio Victor do Santos Lima, em outubro de 2018, detalhou, em nota, a Policia Civil da Paraíba.
De acordo com o delegado Diego Beltrão, da Draco, as investigações descobriram que Almir cometeu outro assassinado no Rio de Janeiro, no dia 3 de junho deste ano, o que pode ter sido o motivo para ele fugir para a Paraíba.
Em nota, a Polícia Civil da Paraíba declarou que as autoridades policiais do Rio de Janeiro já tomaram conhecimento da prisão e confirmaram a periculosidade do criminoso. Segundo o delegado Diego Beltrão, que coordenou a operação, homens ligados ao miliciano já haviam sido presos em outras operações policiais no estado. Mas ele (Almir Rogério), que é um dos chefes desse grupo, conseguiu escapar dessas investidas. Trata-se de um criminoso muito perigoso, com indícios fortes de que estava traficando drogas e planejando ataques a instituições financeiras no nosso estado, declarou o delegado da Draco.
O suspeito capturado em Queimadas será levado sob escolta policial até o Rio de Janeiro. Marielle e Anderson foram mortos no dia 14 de março de 2018, emboscados no carro onde estavam, no bairro do Estácio, na região central do Rio. Estão presos e aguardam julgamento pelos assassinatos o sargento reformado da Polícia Militar Ronnie Lessa, e o ex-PM Élcio Queiroz.
O Povo
Tags:
Brasil