Um dos policiais militares réus no processo da Chacina em Quiterianópolis foi solto. Nessa sexta-feira (29), o sargento Cícero Araújo Veras voltou à liberdade após decisão judicial proferida pelo magistrado da Vara Única Criminal de Tauá. O colegiado de juizes considerou que no momento não havia indícios suficientes para manter a prisão do PM.
Na mesma decisão proferida nesta semana foram mantidas as prisões de outros três policiais réus pelo mesmo crime. O cabo Francisco Fabrício Paiva, o soldado Dian Carlos Pontes Carvalho e o tenente Charles Jones Lemos Júnior permanecem em cárcere sob acusação de participarem de cinco mortes. O Ministério Público do Ceará (MPCE) havia emitido parecer contrário à soltura de todos os agentes.
Foram impostas medidas cautelares para o sargento ser solto. Dentre elas, Cícero deve ser monitorado com tornozeleira eletrônica e está proibido de manter contato com a vítima sobrevivente, seus familiares e testemunhas do processo. O sargento ainda deve se recolher em casa no período noturno, das 18h às 6h, conforme decisão emitida na Vara Única Criminal de Tauá.
O Judiciário concordou com o MPCE sobre manter a prisão dos demais PMs considerando que permanecem sérios elementos que indicam a necessidade do cárcere para manter a ordem pública.
Para o colegiado, há indícios suficientes de autoria em relação aos denunciados Francisco Fabrício, Dian Carlos e Charles Jones, porque pelo que foi trazido pelas testemunhas oculares os executores possivelmente estavam nos veículos envolvidos no crime.
Um dos informantes da composição policial era justamente o sargento Cícero, que, mesmo de folga, estaria trafegando na viatura descaracterizada junto dos colegas, o que fez a Polícia Civil deduzir que ele também participou da Chacina.
As vítimas foram Irineu Simão do Nascimento, 25 anos; José Reinaque Rodrigues de Andrade, 31 anos; Etivaldo Silva Gomes, 23 anos; Antônio Leonardo Oliveira Silva, 19 anos, e Gionnar Coelho Loiola, 31 anos.
Com Diário do Nordeste
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