Há mais de 65 dias, a idosa Ana Barroso Sobral aguarda a liberação do corpo de seu filho para sepulta-lo. Antônio Carlos Barroso Neto (conhecido como Pinica), faleceu no último dia 13 de fevereiro, na vila Baixio, zona rural de Quiterianópolis, onde residia com a mãe. A suspeita é de que o rapaz tenha morrido de infarto.
Antônio não possuía registro de nascimento ou qualquer outro documento oficial e o corpo foi levado para o Núcleo de Perícia Forense (Pefoce) de Tauá. A partir de então, começa uma novela que parece não acabar. Vários procedimentos já foram realizados começando pela coleta de material genético (exame de DNA) da mãe e das irmãs de Antônio para comprovar o parentesco.
A Prefeitura de Quiterianópolis designou uma advogada para acompanhar o caso e esta protocolou, ainda no dia 31 de março, junto à Defensoria Pública deste município, pedido de alvará judicial para liberação do corpo. A partir de então, o caso está entre os entes Ministério Público, Judiciário e Delegacia Regional de Polícia Civil de Tauá.
Em nota enviada à Imprensa, a Pefoce informou que a liberação de corpos sem documento de identificação só é realizada quando é feito o exame de DNA, pois há a necessidade da declaração de óbito mediante decisão judicial, e que é necessário realizar todos os procedimentos legais de exames cadavéricos para substanciar a Justiça em investigações e diz aguardar a autorização judicial para a liberação do corpo.
Com Cícero Lacerda