Serpente mais venenosa do Brasil é resgatada em quarto de residência no Ceará



O Corpo Bombeiros Militar do Ceará (CBMCE) realizou o resgate, na tarde desse domingo (22), de uma cobra coral. O salvamento foi registrado em Itaitinga – município pertencente à Área Integrada de Segurança 25 (AIS 25) do Estado. O animal, considerado o mais venenoso do Brasil, foi localizado em um cômodo de um imóvel da Região Metropolitana de Fortaleza.

Os bombeiros militares foram acionados, via Coordenadoria Integrada de Operações de Segurança (CIOPS), da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), para atender a uma ocorrência de resgate de uma cobra. O acionamento se deu no início da tarde de ontem (23).

Conforme o subtenente do CBMCE, J. Wilson, o solicitante isolou o quarto até a chegada dos bombeiros militares. “O procedimento preventivo foi adequado, pois devemos sempre manter distância de animais silvestres. Principalmente quando há crianças na residência”, reforçou o comandante.

O animal foi localizado em um cômodo de um imóvel do bairro Barrocão. De acordo com o solicitante, “uma possível cobra coral, saiu debaixo do guarda-roupa para se esconder por trás da cabeceira da cama”.

A ação contou com equipamentos de proteção individual e de resgate de ofídios. Após ser localizada, a cobra, considerada a mais venenosa do Brasil,foi devolvida ao habitat natural, em uma área de proteção ambiental.

Prevenção

Apesar do veneno potente, as corais verdadeiras têm um temperamento e anatomia que minimizam as chances de acidentes: menos de 1% dos acidentes ofídicos notificados em todo o Brasil. Ainda assim, os bombeiros militares recomendam manter distância e acionar a corporação pelo número 183.

O perigo da picada dessa cobra é o veneno causar parada respiratória e posterior morte. “A sorte é que, no Ceará, a coral verdadeira é mansa, não caça animal de sangue quente e vive mais escondida no solo”, informa o CBMCE.

Outras espécies

Por outro lado, serpentes como a jararaca e a cascavel também inspiram alerta. As cobras do gênero Bothrops (jararacas) respondem por aproximadamente 90% dos acidentes do País. “São serpentes de maior porte, maior ângulo de abertura bucal e dentes mais especializados, que utilizam o bote como mecanismo de defesa, além de poderem ser encontradas em áreas urbanas”, acrescenta.

Sem tratamento, o risco de morte após a picada da cascavel chega a 70%, enquanto o índice da jararaca é 30%. “Durante a quadra chuvosa, a quantidade de cobras se multiplica em áreas urbanas e rurais devido à maior incidência de seu principal alimento, o rato”, conclui com o alerta o CBMCE.

Com ascom CBMCE

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