Escrivão é punido após usar viatura da Polícia Civil para ir à casa de prostituição no Piauí

Foto: Reprodução/Instagram

Um escrivão da Polícia Civil do Piauí (PC-PI) foi punido com uma suspensão de 60 dias, pelo uso indevido de uma viatura policial para frequentar uma casa de prostituição na cidade de Esperantina. A decisão, assinada pelo secretário de Segurança Pública (SSP), Chico Lucas, levou em conta todas as provas levantadas no decorrer do Processo Administrativo Disciplinar (PAD). As informações são do CidadeVerde.com.

Ao longo das investigações, a Comissão de Processo Administrativo realizou oitivas com sete testemunhas, entre elas, os proprietários dois estabelecimentos que também funcionam como pontos de prostituição. Ambos os depoimentos confirmaram que o servidor público costumava frequentar esses locais fazendo uso de uma viatura policial caracterizada.

Segundo um dos depoimentos, o processado teria ido algumas vezes com uma viatura policial até a casa de uma das testemunhas, onde funciona um dos pontos de prostituição citados no processo, para fazer refeições. O depoente informou que o veículo ficava estacionado em um quarteirão próximo à residência e, em determinada ocasião, um policial teria ido ao local realizar a troca da viatura.

Por fim, a comissão concluiu que o escrivão cometeu infrações administrativas disciplinares proibidas previstas no Estatuto da Polícia Civil do Piauí, como praticar ato que importe em escândalo ou que concorra para comprometer a função policial e fazer uso indevido de veículo da repartição por utilizar indevidamente a viatura policial ao se deslocar com a mesma para a casa de prostituição.

“Compulsando os autos, verifica-se que há suficientes provas nos autos que atestam que o servidor processado infringiu as proibições funcionais [...], por restar demonstrado nos autos, em conformidade com o arcabouço probatório, em especial pelas oitivas coletadas, valoradas no âmbito processual, que o servidor processado utilizou indevidamente a viatura da unidade policial de Esperantina em algumas ocasiões deslocando para uma casa de prostituição, conhecida por Cabaré da Elizabete [...], ato que causou escândalo e comprometeu a função policial, bem como maculou a imagem Polícia Civil”, concluiu a comissão do PAD.

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