Considerado mártir da liberdade de imprensa brasileira, Deolindo Barreto, nasceu em Crateús em 1884. Em Sobral, em 1914, fundou jornal “A Lucta” que, inspirado pela mentalidade da época, publicava textos políticos de inclinação popular. No auge dos trabalhos, o jornal, que circulava no meio político do estado e do país, chegou a ter duas edições semanais. Devido ao sucesso e à força, o periódico fez com que o seu fundador tivesse grandes desavenças com a oligarquia local, sobretudo com aqueles que estampavam as páginas do jornal.
Exatamente por conta dessas
inimizades, Deolindo Barreto foi assassinado em 15 de junho de 1924, na Câmara
Municipal de Sobral, vítima de dezenas de disparos de armas de fogo. Tombava
aquele que entraria para a História como um dos mártires da liberdade de
imprensa do país. Contrariando os interesses da oligarquia política de Sobral, nunca
saiu da memória dos cearenses a imagem dessa grande personalidade que, além de
nomear ruas em Crateús e em Sobral, também possui um monumento em sua homenagem
defronte à Câmara Municipal de Sobral, local que serviu de palco para o seu
trágico fim.
Texto escrito por: Kaio Martins Gomes, Bacharel em Ciência Política.