Inúmeras mulheres contribuíram com o desenvolvimento da cidade. Aqui, já citamos o caso de Isabel Venâncio que, através do comércio, ajudou a desenvolver a cidade. A pessoa de quem falaremos agora também contribuiu para o avanço de Crateús, tanto na área da educação quanto no campo da política.
Francisca Machado Portela, conhecida como Fransquinha Machado ou Chica Zuza, nasceu em 7 de outubro de 1923. Desde jovem, mostrava interesse pelos estudos, tornando-se a primeira professora de Crateús a concluir o Curso Normal, que habilitava a ministrar aulas, atividade que exerceu por mais de 25 anos em Crateús.
Por seu desempenho formidável como professora e por sua fama de mulher de fibra, Fransquinha Machado rapidamente ganhou influência política, destacando-se como uma das maiores lideranças do grupo político encabeçado por José de Oliveira Camerino, ex-prefeito de Crateús.
Graças às suas habilidades e ao respeito que tinha na comunidade de Ibiapaba, onde residia seu pai, Zuza Machado, Fransquinha foi eleita para seu primeiro mandato na legislatura de 1973-1976, durante a gestão do prefeito Antônio Soares Lins. Cumprindo com êxito seu trabalho no Legislativo, ela não se calava diante das injustiças da política, sendo lembrada por sua resistência ao poder.
O memorialista Isaac Rosa relembra que, por esses motivos, Fransquinha foi reeleita pelo PDS na gestão da ex-prefeita Lionete Camerino. Contudo, em 16 de março de 1977, apenas 76 dias após iniciar seu segundo mandato, Fransquinha faleceu, entristecendo não apenas a região de Ibiapaba, mas toda a cidade.
Hoje, Fransquinha Machado é patrona de uma escola e de uma rua em Crateús. Mesmo após muitos anos de seu falecimento, ela é lembrada como uma mulher guerreira que influenciou significativamente as decisões na educação e na política de Crateús.
Texto escrito por: Kaio Martins, Cientista Político.