Sendo considerado o Dia do Trabalho, o 1º de Maio nos leva a conhecer mais uma página da história do município.
O desenvolvimento do comércio crateuense contou no início da década de 40 com um propulsor relevante: a instalação da agência do Banco de Crédito Comercial S/A, vinda da capital cearense e fundada por Edson Moura, superintendente da instituição.
A instalação de um banco em Crateús fez parte de um contexto macroeconômico do governo Getúlio Vargas que visava expandir a rede bancária brasileira, como uma forma de garantir modernidade nas relações comerciais. É nesse cenário que Crateús ganha uma filial do primeiro banco particular cearense.
Por acelerar o comércio de Crateús, através do financiamento da agricultura e da pecuária, além da garantia de crédito para pequenos e grandes comerciantes, o Banco de Crédito Comercial abriu caminhos para a vinda de outras agências, como é o caso da unidade do Banco do Brasil, que chegou três anos mais tarde, em 1943. Esse também foi o ano em que era lançada a Consolidação das Leis do Trabalho, no mesmo 1º de Maio, ideia viabilizada por Getúlio Vargas e que sintetizou o projeto econômico daquilo que se pensava para o país.
Anos mais tarde, isto é, em 1972, o Banco de Crédito Comercial S/A foi adquirido pelo Banco do Bradesco, juntamente com o Banco dos Importadores e Exportadores do Ceará S.A.. Apesar disso, a instituição nunca foi apagada da memória do creteuense, sobretudo porque colocou Crateús na rota do pleno desenvolvimento comercial e social.
Texto escrito por: Kaio Martins Gomes, Bacharel em Ciência Política.