O padre benfeitor: Juvenço de Andrade, o padre que foi prefeito e ajudou a modernizar Crateús

 

Há um tempo, era muito íntima a relação entre religião e política. Só para se ter uma ideia, as votações políticas foram, por muito tempo em Crateús, realizadas dentro da igreja. Essa proximidade gerou vários avanços para o minicípio, e é sobre isso que falaremos agora.

José Juvêncio de Andrade nasceu aos 06 de abril de 1866 em Santana do Acaraú. Filho de Antônio Juvêncio de Andrade e Francisca Laura de Andrade, o garoto, desde cedo, mostrava-se atraído pela vida religiosa. Para cumprir sua missão, em 1882 foi matriculado no Seminário Menor de Fortaleza.

Em 1892, o agora Pe. Juvêncio foi ordenado na cidade de Mariana-MG. Depois de algum tempo, voltou ao Ceará e foi nomeado padre de Crateús.

Tendo sido padre de Crateús de 28 de fevereiro de 1915 a 31 de dezembro de 1942, Juvêncio também foi prefeito entre 1928 e 1930. Suas ações muito contribuíram para o desenvolvimento da cidade, tanto do ponto de vista religioso quanto social.

Dos empreendimentos religiosos dos quais foi responsável, destaca-se a construção das capelas de Montenebo e Ibiapaba.

Foi, ainda, o responsável por uma grande reforma na Igreja Matriz, onde se colocou um muro ao redor desta, além da construção do Cristo em frente à igreja, apresentado como o primeiro do estado.

Como prefeito, foram várias as ações de Pe. Juvêncio, destacando-se a obra de ampliação do Cemitério São Miguel, além da construção de uma capela e de um necrotério naquele local.

A luz elétrica da cidade foi inaugurada sob sua administração, modernizando as ruas que eram clareadas por lampiões a óleo.

Foi Pe. Juvêncio quem criou a cadeia pública de Crateús e este é um de seus maiores feitos como prefeito. Até então, os presos ficavam detidos onde hoje é o prédio da “prefeitura quadrada”.

Enfim, diversas são as obras de Pe. Juvêncio, tanto no plano social como no religioso. Sua história, então, deve ficar marcada na memória de cada crateuense, pois, num tempo de muita dificuldade, já pensava o sacerdote em colocar a cidade na rota do desenvolvimento.

Texto escrito por: Kaio Martins Gomes, Bacharel em Ciência Política.

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