Eram os primeiros dias do ano de 2013. A cidade ainda recebia muitos turistas que vinham aproveitar suas férias aqui, sobretudo nos finais de semana. E foi exatamente no segundo final de semana do ano, na noite da sexta-feira, 11, que um acidente de grandes proporções abalou toda a cidade de Crateús, requerendo uma grande cadeia de união entre os profissionais de saúde do Hospital São Lucas.
O ônibus ia de Fortaleza a Crateús, e era conduzido pelo senhor José. O caminhão, que vinha em sentido contrário, era um cavalo de carreta da marca Volvo e era conduzido pelo senhor Paulo Freitas. Envolveu-se, ainda, outro veículo, uma motocicleta Honda Today, conduzida pelo senhor Raimundo Nonato.
O ônibus, que já se aproximava do seu destino, passava na altura do km 15, na CE-187, mais precisamente na localidade de Pastos Bons. Foi quando se deparou com o caminhão que, tentando ultrapassar a moto, não o fez a tempo, deixando parte do veículo na outra via. O motorista do ônibus não conseguiu desviar do caminhão, vindo a colidir frontalmente com o veículo.
Pelo forte impacto, faleceram na hora o motorista do caminhão e o cobrador do ônibus, o senhor Max Dorival.
O ônibus contava com 40 passageiros, dos quais cerca de 27 foram conduzidos para o Hospital São Lucas, por conta de ferimentos. Imaginemos tais resgates numa época em que não havia o sistema do SAMU, onde as vítimas precisaram ser conduzidas em ambulâncias do próprio município e em viaturas do Corpo de Bombeiros.
A união, a solidariedade e a cooperação marcaram as horas seguintes daquele grave acidente. Técnicos e auxiliares de enfermagem, enfermeiros, médicos e diversos outros profissionais que se encontravam em suas casas foram ao hospital para prestar auxílio às vítimas que não paravam de chegar. Felizmente, com o apoio de todos, os danos foram diminuídos e todas as vítimas receberam o atendimento adequado.
Passados 11 anos, sem dúvidas, a fatalidade em questão entrou para os anais da história do município. Não só pelo acidente, mas pela cooperação dos profissionais de saúde de Crateús, que lutaram para que o desastre não fosse pior.
Texto escrito por: Kaio Martins, Cientista Político.