Há lugares que só de lembrar causam nostalgia. Um deles é O’ Wanderley, uma das maiores referências gastronômicas da história de Crateús.
Foi a partir de uma ideia, em 1992, que o casal Vanderlei Camelo e Maria Lúcia começou a empreender. Inicialmente, montaram um barzinho com lanchonete. Contudo, já com a visão inovadora que lhes acompanharia por toda a jornada comercial, resolveram servir um prato como opção: baião com peixe. A intenção era fidelizar a clientela de amigos que saíam dos jogos de futebol no antigo BNB e iam até lá. No fim, a ideia não só pegou, como fez sucesso.
Já se destacando, o casal manteve o foco na expansão dos negócios. E foi em 1º de maio de 1996 que inaugurou aquele que seria um dos negócios de maior sucesso na cidade: o Restaurante O’ Wanderley. Ali, na esquina das ruas Dom Pedro II com Renato Braga, a cidade se reuniu naquela que seria uma das maiores inaugurações de empreendimentos já vistas por aqui. Era a demonstração de respeito e carinho dos crateuenses para com a concretização daquele sonho.
Garantido o sucesso, o local foi protagonista do cenário gastronômico da região, de modo que em 2002 o prédio passou por nova expansão. Dessa vez, para acolher uma ideia que também marcaria o futuro dos negócios, era o “Buffet O’ Wanderley”. A nova modalidade de empreendimento proporcionou que os clientes recebessem em casa ou em suas festas as delícias com a qualidade já registrada do restaurante.
Há pessoas, contudo, que ao lembrarem-se do local, logo pensam no fato de ter sido lá a parada obrigatória de muitas personalidades que passaram por aqui. Realmente, não há o que se contestar. Lá, foram servidos: Cláudia Leite, Lulu Santos, Daniel, Fagner, entre outros, além de políticos, como o presidente Lula e os ex-governadores Tasso Jereissati e Cid Gomes. Até o arquiteto Oscar Niemeyer, em uma rápida passagem por Crateús, teve o prazer de se deliciar com as maravilhas do Restaurante O’ Wanderley.
O local, contudo, encerrou as suas atividades em 2017, numa demonstração de que até o que é bom tem fim. Hoje, relembrando, sentimos saudades daquele que muito ajudou no desenvolvimento cultural de Crateús.
Por: Kaio Martins, Cientista Político.