Lugares Boêmios: Casa de Pedra: Um dos Points Diversionais da História Crateuense

 

Não mentem os que dizem que o plano material, por vezes, sobrepuja as convicções espirituais, por mais concentrado que seja o indivíduo. Contudo, a busca interior é o que deverá manter o equilíbrio mente-corpo, já previa Agostinho de Hipona.

Como em todos os lugares, Crateús também possuiu muitos locais que tinham a finalidade de levar o entretenimento e a diversão ao público. Um desses lugares ganhou fama, mesmo buscando o anonimato como modo de funcionamento. Estamos falando do Bar Casa de Pedra.

Ali, no ponto de intersecção das ruas João Ribeiro Lima e Leôncio Araújo Veras, salta aos olhos de quem vê uma edificação que adota como ornamentação externa um revestimento de rochas. A dialética entre a altura do prédio e a fortificação em pedras garante uma simetria que é internalizada pela imponência do local. Quem primeiro olha, não distingue de imediato se é uma residência ou um comércio, se um hotel ou um castelo.

O que funcionou ali, por muitos anos, deu vigor à rua. E, mesmo depois de fechado, ainda é ponto de referência geográfica.

O comércio, por muito tempo administrado por Simone, senhora muito conhecida em Crateús e que faleceu vítima de COVID aos 16 de maio de 2021, não tinha hora certa para abrir ou fechar. Estava às ordens de quem desejasse, num sentido literal. E a clientela mostrava-se variada, o que era perceptível pelo constante movimento.

Naquele tempo, mesmo quem não conhecesse o local, dele já ouvira falar, seja de forma intencional, seja de forma jocosa.

Mesmo controverso, o ambiente garantiu que a sua marca “Casa de Pedra” ficasse gravada no inconsciente de parte dos crateuenses.

Hoje, o local virou história, e como história deve ser relembrado.

Por: Kaio Martins, Cientista Político.

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