Um homem de respeito: Relembre a história do “Seu Andrade da Farmácia”

 

Antônio Andrade Bonfim nasceu em Independência, em 1º de agosto de 1958. Foi o primeiro dos sete filhos do casal Maria Aparecida de Andrade Bonfim e Manuel Calistrato Bonfim.

Seu pai era funcionário da estrada de ferro e, devido a um acidente de trabalho, só pôde conhecer Andrade alguns meses após seu nascimento. Mal sabia Manuel que aquela criança herdaria uma importante característica sua: a incrível capacidade de negociar.

Na adolescência, Andrade veio para Crateús para concluir seus estudos e trabalhar. E foi por conta de seu primeiro emprego que conheceu Luiza Helena Martins Bonfim, com quem se casaria e teria descendência.

Entre 1983 e 1987, o casal teve quatro filhos, um dos quais faleceu ainda no ventre de Luiza. Cuidados e amados, todos seguiram os passos dos pais no ramo do empreendedorismo.

Andrade tornou-se uma das maiores referências comerciais da cidade, trabalhando em diversos locais como vendedor. Atuou no Armazém Teixeira, no Armazém Progresso do Sr. Valdevez Gonçalves, e no Armazém Fortaleza, onde alcançou o cargo de gerente.

Além do trabalho na cidade durante a semana, o casal trabalhava na feira em Novo Oriente aos domingos. Com muito sacrifício e muitas renúncias, Andrade conseguiu montar sua farmácia, que cuidava com zelo e carinho. Pela sua "Ultrafarma", ficou amplamente conhecido como "Andrade da Farmácia".

A vida de Andrade, contudo, foi posta em xeque por um acidente na Avenida Sgt. Hermínio, que lhe deixou sequelas. Mesmo passando por um longo período de reabilitação, Andrade continuou trabalhando incansavelmente. Sua condição física não o impedia de, direta ou indiretamente, ajudar o próximo.

Após longos anos convivendo com a sequela, o ferimento ocasionou uma embolia pulmonar, levando-o a óbito em 7 de dezembro de 2016. Andrade partiu, deixando seus familiares e amigos com imensa saudade.

Apesar de sua passagem do plano material, Andrade permanece vivo na memória e no coração de todos que amou. Andrade sempre terá o nosso respeito pelo legado que deixou no comércio crateuense.

Por: Kaio Martins, Cientista Político.

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