O nascimento da cidade: aos 06 de julho de 1832, nascia a Vila do Príncipe Imperial, hoje Crateús


Originariamente, o que se tinha era uma fazenda de gado. A fazenda, de nome Piranhas, proporcionou a criação de alguns casebres ao seu redor, de modo que nasceu um pequeno povoado, também chamado de Piranhas. Aquela comunidade compunha a Vila de Marvão, hoje Castelo do Piauí. Sim! Crateús já foi um povoado da nossa vizinha Castelo.

Durante vários anos, o poder piauiense requereu a aprovação de um ato que reorganizasse o seu território, sobretudo elevando à categoria de Vila algumas povoações que volumosas já se faziam, como é o caso de Piranhas.

Aos 30 de janeiro de 1830, firmaram-se resoluções no Conselho Geral da Província de São José do Piauí e na Assembleia Legislativa daquele lugar, a fim de que se criassem novas unidades jurídicas territoriais, que até então só podiam ser aprovadas pelo Poder Imperial.

Ao remeterem as resoluções ao poder central, obtiveram, dois anos mais tarde, isto é, aos 06 de julho de 1832, um decreto da Regência do Império que garantia o desmembramento de Piranhas do território de Marvão, elevando o povoado à qualidade jurídica de Vila. A decisão regencial alterou, ainda, o nome da comunidade. De “Piranhas”, passaria a ser chamada de “Vila do Príncipe Imperial”. A freguesia, sede do local, seria a de Bom Jesus do Bom Fim. Geograficamente, as terras caracterizavam-se por ser uma ribeira, isto é, um terreno baixo, adjacente a um rio, que era o Poti. O local era chamado de Ribeira de Caratheux, com essa grafia, conforme o documento oficial.

Dessa forma, o artigo 3º do Decreto Legislativo de 06 de julho de 1832 decidiu: “É igualmente ereta a notável povoação de Piranhas, em – Vila do Príncipe Imperial -, e freguesia do Bom Jesus do Bom Fim; ficando desmembrado da Vila de Marvão todo o distrito, até agora pertencente à ribeira de Caratheux, de que se formará a nova paróquia” (Adaptado).

O documento foi assinado por Francisco de Lima e Silva; José da Costa Carvalho; João Braulio Moniz e José Lino Coutinho. Quarenta e oito anos depois, a Vila passaria ao território cearense.

Desde aquele decreto, passaram-se 192 anos. Parabéns, Crateús!


*Foto: Casa de Gentil Cardoso em Marvão.*  

*Texto escrito por: Kaio Martins, Cientista Político.* 

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