Em seu nascedouro, Crateús chamava-se PIRANHAS. A razão, defendia Barão de Studart, era a de que esse nome pertencia à primeira fazenda que dera origem à vila de mesmo nome. Dr. Paulinho Nogueira, em sua obra Vocabulário Indígena, apontou que a fazenda possuía esse nome por conta da grande quantidade de peixe piranha que havia nos poços feitos pelo Rio Poti.
Depois, Crateús passou a ser PRÍNCIPE IMPERIAL. Apresenta Studart que a mudança de nome se deu pelo desejo dos habitantes da vila em que se findassem tantas controvérsias e intrigas que ocorriam no lugar, sobretudo entre as famílias Ferro e Mourão. Curiosa é a passagem do texto do pesquisador, em edição da Revista Trimestral do Instituto do Ceará, que diz: “Dizem que peneirando-se a areia do logar, onde está situada a matriz, não seria fúria tirar-se um alqueire de chumbos e balas” [SIC].
O termo PRÍNCIPE IMPERIAL, por outro lado, deu-se em alusão ao título dos herdeiros presuntivos ao trono do Império do Brasil. Pela data da alteração, fazia-se, portanto, referência a Pedro de Alcântara, Dom Pedro II.
O terceiro e atual nome é CRATEÚS. Acerca da origem deste, defende o historiador Raimundo Batista Aragão, aponta-se que seria uma homenagem aos indígenas que na região habitavam, os Carateiús, ou Karatiús. Diz ainda o pesquisador que a etimologia do nome deriva de Cará (peixe) e Tiú (batata silvestre de sabor amargo). Vejamos, portanto, que de acordo com Aragão, o Tiú não seria o Teiú, lagarto cujo nome está associado ao da cidade.
Acerca do título de “PRINCESA DO OESTE”, temos que se dá por conta de sua localização geográfica no território cearense, já que está Crateús localizada na região Oeste do estado, sendo a maior cidade da microrregião dos Sertões de Crateús.
Texto escrito por: Kaio Martins, Cientista Político.