Aristides Rosal foi um nome temido no Ceará nas décadas de 1920 e 1930. Tenente da Força Pública, destacou-se pela brutalidade e pela proximidade com poderosos. Sua atuação era marcada por massacres e abusos como torturas e alianças com políticos influentes, tornando-se uma espécie de mercenário sertanejo.
Em Independência, colaborou com o cangaceiro Manoel Sinhô para combater a família Coutinho. Rosal liderou ataques violentos, roubando gado e cometendo assassinatos não só em Independência, mas também em Tauá e Aurora. Sua impunidade vinha de suas conexões políticas, sendo solto após ser preso por assassinato, graças à intervenção de advogados influentes.
Rosal simbolizava a corrupção e a impunidade daquele período. Ele buscava fortalecer os coronéis, que pagavam por seus serviços. Sua morte, em maio de 1939, na localidade de Bom Jardim, Novo Oriente, foi a consequência trágica de sua própria violência, resultante das disputas internas e traições no sertão. Seu legado, de crueldade e impunidade, permanece como um marco de um período sombrio da história da nossa região.
Por Wilton Sales