No Ceará, o MST apresenta reivindicações específicas para o desenvolvimento dos assentamentos no estado. Entre as pautas estão infraestrutura para os assentamentos, estradas, açudes, poços, mecanização agrícola, projetos para ampliar a produção de alimentos saudáveis, assistência técnica qualificada, desapropriação de novas áreas para assentar as famílias que vivem acampadas, construção de novas escolas do campo de ensino médio em assentamentos de reforma agrária, projetos para juventude e mulheres, projetos culturais, dentre outras.
Para atender essas demandas, o movimento exige reuniões imediatas com o governador Elmano de Freitas (PT-CE) e com secretários das pastas prioritárias, como Secretaria de Desenvolvimento Agrário (SDA), a Superintendência de Obras Hidráulicas do Ceará (Sohidra), Secretaria do Meio Ambiente e Mudança do Clima (Sema), Superintendência de Obras Públicas (SOP), Secretaria de Cultura ((Secult CE), Secretaria da Juventude (SEJUV) e Secretaria de Educação (Seduc).
O MST tem como pauta central a defesa da agricultura camponesa para enfrentar a alta nos preços dos alimentos e cobra mais desapropriações e orçamento para atender 100 mil famílias acampadas. Como resposta à crise ambiental, destaca a agroecologia, tendo já plantado 40 milhões de árvores e recuperado 15 mil hectares. A Jornada também homenageia os 21 mártires de Eldorado dos Carajás, reafirmando a luta contra a violência no campo brasileiro e a concentração de terras.
A Jornada Nacional de Lutas deste ano inclui mais de 65 ações em 24 estados do Brasil, como ocupações de latifúndios, marchas e atos públicos. Por meio dessas ações, o MST reafirma a importância da reforma agrária como uma política urgente e indispensável para combater a fome e promover a justiça social no campo brasileiro.